terça-feira, 15 de setembro de 2009

Primeira e segunda leituras: minhas primeiras impressões de leitura em grupo

Na quinta-feira, dia 05 de março de 2009, nos reunimos para ler a peça pela primeira vez. A leitura aconteceu na casa do Marton, vers (aproximadamente) 20h30. Todos estavam presentes. Só não esteve presente Cleice Maciel (fez uma das Angéliques em O hipocondriaco). Ela passou no vestibular para Licenciatura em Teatro, curso ofertado este ano pela UFPA. Suas aulas já iniciaram e são no turno da noite. Por isso, não poderá participar da montagem. Outro que também não fará parte, será o Feijão (também atuou em O hipocondriaco como o Dr. Disáforus, pai de Thomas). A causa , desta vez, envolve trabalho e estudos também!!! Mas ele esteve presente.
Entre gargalhadas e leitura descompromissada (no bom sentido!), a noite de O avarento foi bastante satisfatória. Se ao lermos em casa, já tínhamos uma breve noção do poder risonho e crítico que as palavras do dramaturgo Molière possuíam, na quinta tivemos certeza da graciosidade e grandiosidade existentes no texto dele. A peça é deliciosa, claro que passível de mudanças em nosso processo de adaptação.
Para mim, tudo foi prazeroso e percebi o quanto a leitura (e sua construção de sentido) foi diferente , pois, ao ler sozinha e/ou de maneira silenciosa, construí um sentido ligado à minha pessoa, à minha história de vida. Ao ler para outras pessoas ou ouví-las, a construção se deu um âmbito muito maior. O sentido “tomou rumos dante navegados”!Rsrsrsrsrsrsrs.
Na noite da terça-feira, 10 de março, fizemos a segunda leitura da peça de Molière. Foi outra noite bem divertida e proveitosa. Já saímos com algumas “coisinhas” de certas passagens do texto. Começamos a ler o quinto ato e fomos até o final.E que final!!Engraçadíssimo, parece aquelas novelas mexicanas!!!Rsrsrsrsrsrsrsrs.Muito bom.Molière era mesmo um gênio!
O momento auge da leitura, foi a euforia da Sônia Alão ao ler um trecho bem divertidíssimo.Nossa, quanta emoção para uma segunda leitura!!! O que é legal, é o fato de já visualizarmos o avarento nela. Já era uma proposta do Marton que ela faça o Harpagon. Gostei muito de vê-la lendo a fala desse personagem.Parabéns.

domingo, 13 de setembro de 2009

Primeiras impressões

Ainda se tratando do texto, enviei por email, algumas perguntas aos Trovadores (aos que estão participando do processo) concernantes às suas primeiras impressões de O avarento. Eis a resposta de Rosana Coral:

1.Como foram as primeiras leituras: foram boas mas pouquíssimas, deveriamos ter lido muito mais o texto
2. Que dificuldades vcs encontraram ao ler texto: não tive dificuldades lendo o texto, só achei alguns dialógos muito grande e repetitivos
3.Se tinha alguma palavra não era de conhecimento de vcs: sempre tem alguma coisa, mas não lembro no momento que palavras seriam
4.Se lembram de outra peça: lembro muto do hipocondríaco
5.Se já enxergaram a feitura do personagem: ainda não.
6.Se já pensaram em trocas de palavras: não penso em trocas de palavras
7.Gostaria que descrevessem como foram as tarefas de criar um novo roteiro e os resumos descritivos das cenas, levando em consideração os mesmo questionamentos : criar um novo roteiro e fazer o resumo das cenas me foram de muita importancia para melhor entendimento do texto que ainda estava um pouco confuso na minha mente, a história já foi bem assimilada, pra mim o grande sofrimento e a grande difilcudade agora é ter que gravar as falas.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Percepções de Mailson Soares

Com relação ao que descrevei anteriormente, um outro membro de nosso clube, Mailson Soares, ator, estudante do Curso de Letras-Francês (UFPA) e do curso Técnico em Cenografia (ETDUFPA), mesmo ainda não estando cadastrado, me escreveu o seguinte, via e-mail:
Qerida suani por ja ter escutado tantas estorias sobre avarices e outros fatos relacionados a este tema:como peças de teatro,personagens ficticios e avarentos reais, sempre qe leio este texto a imagem qe vem a cabeça é de um velho muito teimoso e rabugento, comum senso de humor peculiar, irônico e talvez caustico, qem sabe até desbocado...com dificuldades fisicas por conta da idade, o qe seria mais uma caracteristica cômica...bom aí é devaneio de ator...mas pra começar é isso,beijinhos!
Seria interessante saber se Sônia Alão e os demais atores, enxergaram e enxergam "esse velho" assim.

Sobre o texto

A expectativa já era grande antes de começar a ler O avarento, pois eu já vinha da experiência de ter montado uma outra obra de Molière, O doente imaginário, que, em nossa adaptação, acabou se chamando "O hipocondríaco". Antes da nossa nova empreitada, não tinha lido O avarento, mas tinha, mais ou menos, alguma referência sobre o que ele falaria, até porque o próprio título já evidencia: avareza; além disso, muito amor proibido, intrigas, quiproquós etc. Minhas referências vinham também do conhecimento (que ainda caminho para construir) que tinha deste dramaturgo francês, de seu fazer teatral e de O doente imaginário. Eu acabei relacionando, de uma forma ou de outra, em um primeiro momento, esse conhecimento anterior. Na verdade, na leitura, acabamos mobilizando conhecimentos anteriores e os ancorando aos novos.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Minha proposta de pesquisa ao Mestrado em Letras da UFPA


TEATRO NA NET.COM: PALHAÇOS TROVADORES E O PROCESSO COLABORATIVO EM O AVARENTO DE MOLIÈRE

Suani Trindade Corrêa (UFPA)
Orientadora: Profa. Dra. Lilia Silvestre Chaves


RESUMO: O presente estudo abordará a apreensão, interpretação e adaptação de O avarento, de Molière, na montagem teatral do grupo Palhaços Trovadores, de Belém do Pará. Os Palhaços Trovadores procuram fazer, em seus projetos artísticos, um trabalho de estabilização do texto a partir das necessidades do grupo, trabalho ao mesmo tempo funcional e literário, buscando inovar no cenário da história do teatro paraense. A proposta de realização deste projeto fundamenta-se em um processo colaborativo a ser veiculado na Internet, permitindo o diálogo entre atores, diretor e público/internautas, e tornando a montagem uma criação pública. Assim, esse público intervirá no processo criativo do grupo, compartilhando ideias, sugerindo cortes e adaptações do texto, ou seja, reescrevendo, lendo e interpretando a peça, junto com os artistas e criadores. É importante ressaltar que as Artes Cênicas Paraenses começam a viver um novo momento. Criadores lançam-se na tarefa de descrever, registrar de forma mais efetiva, seus processos criativos. Abrem-se espaços. Novas mídias acontecem. Um “Clube virtual de leitura de Molière” (a ser criado e que fará parte do corpus deste estudo) não apenas acompanhará a adaptação e a montagem de O avarento, como também discutirá a peça enquanto texto literário, percorrendo, às avessas, a história da recepção das peças do dramaturgo francês no Norte do Brasil.

Palavras-chave: Teatro; Internet; processo colaborativo.